sexta-feira, 16 de abril de 2010

O método da filosofia

O método da filosofia

O método da filosofia pode ser um conjunto de procedimentos racionais utilizados para o estabelecimento e a demonstração da verdade. Seu objetivo e utilidade consistem em conduzir bem a razão humana e procurar a verdade. Se, de fato, existe tal busca pela verdade, não se deve andar sem direção, pois mais importante que ter um bom espírito é aplicá-lo bem: método.


Platão aperfeiçoa o método Socrático que, por meio de perguntas destruía o conhecimento constituído e depois o reconstruía para procurar a definição do conceito. Aristóteles baseia-se nas descobertas de seus antecessores e as sistematiza. Na Idade Moderna surge a questão do método, na qual ele é questionado e, sobretudo ocorre a descoberta da subjetividade. Isso surge propriamente com Descartes, quando este, não procura a discussão que surge após a intuição, mas a própria intuição intelectual e o método para alcançá-la. Ele diz:

“Por método, entendo regras certas e fáceis graças às quais aqueles que as observam atentamente jamais suporão verdadeiro aquilo que é falso e chegarão, sem cansaço e esforços inúteis, ao conhecimento verdadeiro daquilo que eles podem alcançar.”


Seu método é inteiramente dominado pela razão.

De tal pensamento originam-se duas vertentes antagônicas: o empirismo e o racionalismo. Kant posteriormente, com o criticismo, tenta averiguar o alcance das afirmações racionais. Comte, com o positivismo, propõe um método considerando apenas aquilo que pode ser medido e controlado pela experiência e descartando as formas “imperfeitas” de conhecimento. Hegel desenvolve o método dialético na versão idealista e logo Marx e Engels com a proposta materialista. Não se confunde com a dialética platônica. Husserl dá inicio ao método fenomenológico, através do qual tenta superar o rompimento entre o racionalismo e o empirismo.


Alguns outros métodos poderiam ser citados, mas o que se quer dizer é que quanto à razão e ao senso existente em cada um dos homens, considerando a opinião dos filósofos que afirmam essa igualdade, concluímos, portanto, que a diversidade das opiniões está na direção dos pensamentos por caminhos diferentes sem considerar as mesmas coisas e não a possibilidade de uns serem mais racionais que outros.

Aldo César dos Reis Borba Júnior
Seminarista Diocesano